"(...) Seus primeiros desenhos, delineados com lápis ou com sépia, exploravam motivos recorrentes em seu trabalho: praias rochosas, planícies áridas, cadeias infinitas de montanhas e árvores se agigantando em direção ao céu. Mais tarde, seu trabalho passou a refletir uma resposta emocional ao cenário real e visível.
Friedrich começou a pintar óleos em 1807. Uma de suas primeira telas, A cruz nas montanhas, é bem representativa do amadurecimento de seu estilo. Nela, há um ousado rompimento com a pintura religiosa tradicional e um destaque especial para a paisagem. A figura do Cristo crucificado se reproduz em silhueta, criada pelo Pôr-do-Sol na montanha, dominando o ambiente.
Como escreveu o próprio pintor, todos os elementos da composição tem um significado simbólico. As montanhas são alegorias da fé; os raios de sol simbolizam o fim do mundo pré-cristão; e os pinheiros marcam o surgimento da esperança.
As cores frias mas ácidas de Friedrich, com brilhante luminosidade, e a variedade de contornos, aumentam o sentimento de melancolia, de isolamento, trazendo a sensação de impotência humana diante das forças da natureza expressas em suas pinturas."
Árvore dos Corvos, 1822, óleo sobre tela. Museu do Louvre, Paris – França.
"Feche o seu olho físico, para que você possa ver a cena com o seu olho espiritual, então faça com que o quadro volte à luz do dia e com que os outros sintam, de fora para dentro, aquilo que você viu no escuro". Caspar David Friedrich
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2 comentários:
Não sei se passa só comigo, mas nenhuma das imagens carregam.
Grandiosíssimo Tacle!
Lerá muito em breve algo meu. Muito em breve. E, é claro, muito obrigada pelos distintos elogios.
Compartihlo com Victor (meu chico, haha) o interesse pelas imagens que, vadiamente, não carregam.
Kika
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