segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Caspar David Friedrich

Caspar David Friedrich (1774-1840, Greifswald - Alemanha). Pintor expressivo do Romantismo alemão, passou a representar, após suas belas mostras do fascínio pela Natureza, uma interpretação aliada ao invisível e emocional, transcedendo em sentimentos as lindas paisagens em suas obras. A contemplação do homem ao natural e ao religioso.

"(...) Seus primeiros desenhos, delineados com lápis ou com sépia, exploravam motivos recorrentes em seu trabalho: praias rochosas, planícies áridas, cadeias infinitas de montanhas e árvores se agigantando em direção ao céu. Mais tarde, seu trabalho passou a refletir uma resposta emocional ao cenário real e visível.
Friedrich começou a pintar óleos em 1807. Uma de suas primeira telas, A cruz nas montanhas, é bem representativa do amadurecimento de seu estilo. Nela, há um ousado rompimento com a pintura religiosa tradicional e um destaque especial para a paisagem. A figura do Cristo crucificado se reproduz em silhueta, criada pelo Pôr-do-Sol na montanha, dominando o ambiente.
Como escreveu o próprio pintor, todos os elementos da composição tem um significado simbólico. As montanhas são alegorias da fé; os raios de sol simbolizam o fim do mundo pré-cristão; e os pinheiros marcam o surgimento da esperança.
As cores frias mas ácidas de Friedrich, com brilhante luminosidade, e a variedade de contornos, aumentam o sentimento de melancolia, de isolamento, trazendo a sensação de impotência humana diante das forças da natureza expressas em suas pinturas."


Vista do Estúdio do Pintor, 1805-1806, tinta sobre papel. Kunsthistorisches Museum, Vienna - Austria.


Viajante sobre o Mar de Neblina, 1818, óleo sobre tela. Kunsthalle, Hamburg – Alemanha.


Giz no Despenhadeiro em Rügen, 1818-1819, óleo sobre tela. Oskar Reinhart Foundation, Winterthur – Suíça.


Cemitério do Mosteiro na Neve, 1817-1819, óleo sobre tela. Localização desconhecida.


Árvore dos Corvos, 1822, óleo sobre tela. Museu do Louvre, Paris – França.


Ruína Eldena, 1825, óleo sobre tela. Staatliches Lindenau Museum, Berlim – Alemanha.


Cemitério ao Crepúsculo, 1824-1826, óleo sobre tela. Gemäldegalerie, Dresden – Alemanha.


Homem e Mulher Contemplando a Lua, 1830-1835, óleo sobre tela. Staatliches Lindenau Museum, Berlim – Alemanha.



"Feche o seu olho físico, para que você possa ver a cena com o seu olho espiritual, então faça com que o quadro volte à luz do dia e com que os outros sintam, de fora para dentro, aquilo que você viu no escuro". Caspar David Friedrich

Mais informações: Exposição - Dados - Galeria - Créditos

sábado, 1 de setembro de 2007

Odilon Redon

Odilon Redon (1840-1916, Paris) França.

Um dos maiores pintores do movimento simbolista, tem sua influência marcada pelas histórias fantásticas de Edgar Allan Poe e pela poesia de Charles Baudelaire.

"(...) Ao mesmo tempo em que mantém a marca de sua poética fantástica, vinculada ao mundo interior e onírico dos homens, a obra de Redon apresenta duas fases, separadas por uma forte mudança técnica e temática. Na primeira fase, ele usou o monocromatismo em suas gravuras e desenhos, realizados principalmente a carvão. O conjunto desses trabalhos ficou conhecido como os Negros, na medida em que eram construídos com a gama de cor dos negros mais escuros aos brancos mais luminosos. A temática desse período é a do sonho próximo ao pesadelo, em que há um mundo místico, fantástico, de horror e dor, com a presença do drama da morte . Um exemplo dessa fase é Aranha, de 1881, e Le Juré: o sonho termina com a morte, de 1887. Na década de 1890, adotou as técnicas do pastel e da pintura à óleo, introduzindo a cor em sua obra. Nesta segunda fase, ele trabalhou com temas mais suaves, e suas criações continuaram a tratar de visões imaginárias, mas com estímulos menos dramáticos. O colorido de Redon é luminoso e muito peculiar, como podemos observar em Cíclope, de 1900, Bouddha, de 1910, e O Silêncio, de 1911."



Aranha, 1881, desenho a carvão, 49,5 x 39 cm. Museu do Louvre, Paris – França


Le Juré – O sonho termina com a morte, 1887, litogravura, 23,8 x 18,7 cm. Bibliothèque Nationale, Cabinet des Estampes, Paris – França


O Ciclope, 1898-1900, óleo sobre tela, 64 x 51 cm. Kröller-Müller Museum, Otterlo – Holanda


Bouddha, 1905-1910, pastel sobre papel, 90 x 73 cm. Musée d’Orsay, Paris


Borboletas, 1910, tela, 64 x 50 cm. Coleção particular – Estados Unidos.


O silêncio, 1911, óleo sobre cartão, 54,6 x 54 cm. The Museum of Modern Art, New York – Estados Unidos



Informações sobre as obras: Odilon Redon

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Infra-Visual

Acervo pictórico com obras (e informações) essenciais de acervos de notáveis pintores, sensíveis e impetuosos artistas.

Decadencé Avec Élégance